Como o home office impactou o perfil do consumidor e do mercado imobiliário e vem revolucionando as buscas por imóveis
Créditos: Pixabay
A pandemia da COVID 19 realmente transformou nossa rotina e modificou a nossa vida instaurando um novo comportamento social. A obrigatoriedade do isolamento social e a instauração da quarentena impactou nossos hábitos de consumo, práticas sociais, estilos de vida e a forma de nos relacionarmos com as pessoas. Muito pouco ainda se sabe de como se será nossa vida daqui pra frente, mas todos sabemos que os padrões já foram quebrados e novos paradigmas se estabelecerão a partir dessa experiência. A restrição do contato social e proibição de aglomerações isolaram as pessoas em suas casas e impactaram as relações de trabalho e transformaram nossa rotina de produção e das atividades laborativas. A prática do home office que já era uma realidade, ainda tímida no mundo organizacional, ganhou força e permitiu que grande parte dos serviços e negócios continuassem ocorrendo e desenvolveu uma nova possibilidade de atividade trabalhista. Trabalhar em casa permitiu a maioria das empresas driblar os efeitos da pandemia e reduzir os efeitos que a atividade econômica sentiria com a redução do poder de compra das pessoas e a diminuição do consumo, por exemplo, de tantas outras deficiências que ainda nem conhecíamos. Outra particularidade da pandemia impulsionada pelo home office foi a decisão de muitas pessoas de iniciar alguns projetos que estavam engavetados ou protelados graças a esse tempo maior em casa.
Home office e a relação com o lar
Projetos pessoais, domésticos, ligados a hobbys, dente outros que ganharam mais atenção pois as pessoas puderam se dedicar mais a eles, fazendo com que alguns nichos específicos da economia obtivessem maior procura e aumentassem suas vendas. Um deles sem dúvidas é o da construção civil e dos serviços imobiliários. Esse tempo maior em casa fez com que as pessoas voltassem a olhar mais para dentro de suas casas dando um novo sentido ao lar, reforçando a importância das casas e dos apartamentos, ressignificando conceitos e introduzindo novas formas de olhar o nosso ambiente doméstico. Seja reformando algum espaço antigo, trocando móveis e refazendo a pintura, redesenhando a organização da casa ou finalmente investindo na compra de um imóvel novo, a pandemia fez com que muitas pessoas concretizassem alguns planos esquecidos ou sempre deixados em segundo plano. Pesquisas apontam um aumento na busca por imóveis durante a pandemia muito estimulada pelo home office que confinou as pessoas em casa e permitiu que se dedicassem a esse procura. Um interesse antigo ou uma vontade desafiadora que fez com que vários consumidores se atualizassem das novidades ou retomassem as atividades da compra do imóvel próprio. As plataformas digitais exerceram um papel essencial nessa dinâmica pois representaram o único canal disponível e seguro para fazer essas pesquisas. Os anúncios de imóveis, sites especializados, páginas de imobiliárias e serviços virtuais dos corretores constituíram uma rede de acesso e de apoio para muitos clientes que aproveitaram esse tempo para investir no seu bem estar e comodidade. O home office assim veio revolucionar as buscas por imóveis, as formas de anunciar os produtos, o jeito de negociar e captar os clientes bem como modificou o comportamento de grande parte dos consumidores, impactados com esse novo modelo de mercado.
Novo perfil
Como o home office tornou-se uma realidade que veio pra ficar, muito além de reformar ou apenas comprar o primeiro imóvel, ficou visível a necessidade de uma moradia que maior que tenha um espaço destinado ao home office. Um possível escritório ou um quarto maior que ofereça silêncio, tranquilidade, conforto e praticidade para o desenvolvimento das atividades profissionais mesmo pós pandemia. Esse novo perfil de busca com o auxílio da tecnologia, caracteriza-se pela descentralização para regiões mais distantes, imóveis maiores, e com preços mais reduzidos, já que muitas empresas tendem a continuar com o padrão. Esse novo ciclo migratório que pode ser observado em várias cidades do país, também impactam o modelo de unidades habitacionais procuradas haja vista que a redução do valor metro quadrado altera significativamente o poder de compra de um imóvel maior. Essa movimentação imobiliária também pode ser notado nas cidades do interior de alguns estados, reforçando a tendência de crescimento por causa de uma atividade ou fluxo econômico específico. A percepção dessas mudanças no perfil de imóveis procurados, geralmente, numa busca por casas vai ao encontro da obrigatoriedade de passar mais tempo em casa, da necessidade de ter mais conforto ou cômodo adicional, principalmente no caso das famílias, por exemplo. Outra particularidade refere-se a procura também de apartamentos inteligentes, com automação, com sistema de inteligência artificial e outras comodidades e benefícios que agreguem valor aos imóveis e possam atribuir status aos compradores. O cliente pós-Covid está buscando viver melhor e procura por espaços mais confortáveis, com terraços e áreas externas maiores além de uma localização descentralizada mas que tenha uma boa estrutura de serviços de alimentação, lazer e transporte. De acordo com algumas pesquisas recentes, houve um crescimento da procura por imóveis com varanda e áreas verdes como forma de desentediar a convivência e a permanência em casa.
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