As antigas disposições da legislação trabalhista vão muito além de proteger os trabalhadores, mas marginalizam aqueles que procuram trabalho. Esta situação pode ser observada nos milhões de trabalhadores atualmente desempregados.
Eles não são apenas vítimas da maior recessão econômica da nossa história, mas também vítimas de empresários. Eles começam a pensar duas vezes antes de contratar funcionários, temendo custos e pela possibilidade de ser processado na Justiça do Trabalho.
A reforma trabalhista visa amenizar alguns problemas sem ameaçar os direitos que os trabalhadores adquiriram ao longo dos anos, flexibilizar a relação de trabalho e buscar uma adaptação mais rápida do mercado à conjuntura econômica.
Um bom exemplo disso é o direito de sair, totalmente reservado, embora possa ser dividido em até três períodos a partir da reforma.
Leis trabalhistas Europa X Brasil
Falando da jornada de trabalho…
A jornada semanal de trabalho no Brasil é de 44 horas. Países como China, Japão e Estados Unidos cobram 40 horas semanais, enquanto Argentina, México e Reino Unido cobram 48 horas.
Por exemplo, não há limite de trabalho semanal na Alemanha. Em relação às horas extras, nosso limite é de 46 horas, e só podemos fazer horas extras 2 horas por semana.
Na China, Alemanha e Reino Unido, é permitido um máximo de 48 horas por semana, incluindo horas extras. Na Argentina, o número máximo de horas semanais é de 52 horas, enquanto no México é de 57 horas. Países como Japão e Estados Unidos não têm restrições.
Férias anuais saiba como funciona…
No Brasil, temos em média 21 dias úteis de férias, excluindo fins de semana. Apenas a Inglaterra ultrapassou esse limite, com 28 dias úteis.
Na Alemanha, são 20 dias, enquanto outros países permitem menos. É o caso da Argentina, 10 dias úteis; do Japão, 8; do México, 6; da China, apenas 5 dias úteis, dos Estados Unidos, não há obrigação de conceder férias.
Licença Maternidade
O único país do mundo que ultrapassa o Brasil em licença-maternidade é a Inglaterra, que tem 52 semanas e, embora o salário não seja integral, ele diminui com o tempo.
O Brasil oferece 17 semanas de pagamento integral, enquanto China, Alemanha e Japão fornecem 14 semanas (apenas o Japão não tem pagamento integral).
Na Argentina, a licença-maternidade com vencimento integral é de 13 semanas, no México é de 12 semanas com vencimento e nos Estados Unidos é de 12 semanas sem remuneração.
Incidência dos encargos trabalhistas…
As acusações trabalhistas são o maior ponto de divergência entre o Brasil e o resto do mundo. Como outros impostos, o Brasil tem os custos salariais mais elevados.
Os comerciantes brasileiros pagam 71% dos impostos relativos ao valor pago aos funcionários.
Essa proporção ocupa o segundo lugar na China com 42%, enquanto os números em outros países são muito mais baixos: Argentina, 26%; Alemanha, 20%; Japão, 15%; México, 14%, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido lideram lista, apenas 9% e 8%, respectivamente.
Já para quem busca trabalhar na Irlanda indicamos esse guia mais completo:
https://intercambioeviagem.com.br/trabalhar-na-irlanda-vistos-salarios-cultura/
Como é trabalhar no exterior em geral?
Nos Estados Unidos, é muito mais comum que as relações de trabalho sejam supervisionadas por contratos. Existe uma lei federal, que regula de forma mais geral, mas cada estado tem autonomia para fazer leis específicas.
O contrato contém tudo o que é acordado entre o empregado e o empregador. Portanto, é muito importante que os trabalhadores o leiam com atenção. Nesse caso, o ditado “a combinação não custa caro” faz todo o sentido, não é?
Quais são os benefícios de trabalhar nos Estados Unidos?
Vale transporte ou vale refeição? Como acontece com a maioria dos benefícios brasileiros, não há regulamentações obrigatórias nos Estados Unidos.
Algumas empresas chegam a fornecer alimentação para seus funcionários, mas não há requisitos obrigatórios, e as chances de você encontrar alguém que pague pelo transporte são muito pequenas. O trabalho por hora é “normal”.
Outra característica distintiva do trabalho americano são os salários por hora. No Brasil, o salário mensal é quase um sistema! Nos Estados Unidos, não é o caso. Lá, é muito comum ter mais de um emprego para esse modelo.
Por exemplo, você pode usar seu tempo em várias empresas com tranquilidade. Isso abre mais possibilidades de receita e experiências diversificadas.
Os trabalhadores de lá estão desamparados e só podem contar com os próprios meios, certo?
Muito pelo contrário! Essa é a maior diferença quando falamos de uma economia forte e pulsante. Com um grande número de empregos, a empresa se esforça para reter funcionários de destaque.
Se uma empresa não trata bem os funcionários, ele definitivamente encontrará outro lugar para trabalhar. Isso não deixa ninguém “forçado” a ficar onde não quer.
Como vimos, existem muitas diferenças entre o trabalho no Brasil e nos Estados Unidos. Esteja preparado para o desafio.
